Comunicado NAFIT - Vergonha !!!

18-06-2010 01:29

Foi com profundo “pesar” que, o Núcleo de Árbitros da Ilha Terceira (NAFIT) tomou conhecimento do triste episódio, mais outro, protagonizado pelo Senhor Presidente (SP), da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo (AFAH). Que o SP da AFAH não gosta dos árbitros, já isso nós sabemos. Resquício talvez, da sua passagem enquanto treinador onde o seu comportamento para com estes, esteve longe de ser exemplar. Mas isso são contas de outro rosário e, como tal, não as vou chamar para aqui. O que está em causa é, o comportamento de perfeito revanchismo e desrespeito pela instituição à qual, infelizmente, ainda preside. Vejamos, terminado o acto eleitoral, anunciada a derrota, o SP da AFAH no infinito da sua malvadez, nada mais poderia fazer do que, prejudicar a imagem da própria AFAH. Ao que parece, abandonado pelos seus lugar-tenentes, vai brincando ao futebol e futsal como se, dum tirano se tratasse. Como não pôde atingir aqueles que democraticamente preferiram preterir dos seus “serviços”, optou por atingir aqueles que, infelizmente ainda dependem institucionalmente da AFAH. Anulou a possibilidade dos árbitros Hugo Teixeira e David Rodrigues prestarem provas de promoção à Terceira Categoria Nacional. Fê-lo, num acto irreflectido em nome da AFAH que, de um ponto de vista metafórico, foi uma vítima nas suas mãos. Se quisesse atingir alguém, tivesse infligido a si próprio o flagelo afinal, na minha opinião, o SP da AFAH foi o principal responsável pela sua derrota. A prepotência, a falta de diálogo, a sobranceria e a falta de respeito pelos outros, são adjectivos que, na minha opinião, “assentam-lhe que nem uma luva”. Não pensou duas vezes em “vingar-se” dos dois árbitros que, nada tiveram a ver com a sua derrota. Sinceramente, não sei como é que uma pessoa de tão fracos princípios e, as atitudes falam por si, ainda faz parte de um partido político com o nome de Democrata. Claro está, que o SP da AFAH não conhece certamente o conceito de democracia mas, também não competirá explicar-lhe o seu significado. Provavelmente, todos aqueles que confiaram em si, elegendo-o para um cargo de vereação do burgo praiense, pensarão duas vezes ante de o voltar a fazer. Só não sei como é que o SP apregoou durante estes catorze anos que, defendeu intransigentemente os interesses da AFAH. Provavelmente ter-se-á esquecido nesta hora de “partida”. Importa realçar e, muitos ignorarão que a inviabilização destes dois árbitros, que tinham possibilidades de ascender aos quadros da arbitragem nacional, poderia significar pelo menos mais um voto nas Assembleias Gerais da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Os votos são atribuídos de acordo com o número de atletas inscritos mas, também, com o número de filiados (clubes e árbitros) a militar nas competições organizadas pela FPF. Obviamente que isso agora já não importa ao SP da AFAH, afinal, já não vai precisar deles para utilizar como “moeda de troca”. Acontece, porém, que fará falta à futura direcção na prossecução dos superiores interesses da AFAH bem como dos seus filiados. Não existem, pelo menos que nós saibamos, motivos justificativos para que tal atitude tenha sido tomada. Os árbitros, haviam sido previamente indicados pelo Conselho de Arbitragem (CA) da AFAH, com a sua anuência. Deveria pelo menos, por uma questão de amor-próprio, se é coisa que possui, ter pensado que estaria a ser incoerente consigo próprio. Felizmente o seu “reinado” está por dias. Pelo menos assim esperamos. A morosidade na passagem de testemunho à lista vencedora, não augurará nada de bom certamente. É sinónimo de dependência do lugar. Normalmente, as pessoas quando “servem” de uma forma desinteressada as instituições, desejam que os seus mandatos terminem para que possam, usando uma linguagem futebolística, passar a bola ao adversário. No seu caso isso não está a suceder. Passados quase cem anos de implantação da República Portuguesa, trinta e seis anos decorridos da Revolução de Abril, pensei que os déspotas já eram coisa dos compêndios de história. Felizmente, o tempo das suas “purgas”, que fizeram com que os CA não durassem a vigência normal, que os árbitros e dirigentes arbitrais de referência da arbitragem terceirense preferissem afastar-se a subjugarem-se ao seu jugo, vão terminar em breve. A nossa arbitragem, que em tempos idos nos Açores, foi considerada a melhor e mais representativa nos quadros nacionais, erguer-se-á novamente. Não vou pôr de forma alguma em causa a abnegação de todos aqueles que serviram os CA durante os seus mandatos, pois tenho a certeza de que mais não fizeram, por intervenção directa do actual SP da AFAH que, sempre imiscuiu-se no seu trabalho. De autónomo nada tiveram os CA sob a sua presidência. Não me vou alongar mais afinal, não sei se uma edição completa de um jornal seria suficiente para denunciar a sua ingerência no que, à arbitragem diz respeito. A nossa solidariedade neste momento, vai inteiramente para os árbitros Hugo Teixeira e David Rodrigues que, pela mesquinhice de alguém, viram goradas as pretensões de promoção. Um ano de trabalho perdido. Graças a Deus que nenhum dos dois se encontra em limite de idade podendo assim, voltar a almejar ascender no próximo ano. Não sou jurista mas, penso que haverá matéria susceptível de queixa-crime, afinal, o direito destes dois árbitros foi “sonegado” pelo SP da AFAH. As Saudações Desportivas, ficam para aqueles que serviram o desporto com elevado mérito e, como não lhe reconheço isso, fico-me por um voto de até NUNCA MAIS Senhor Francisco Costa. Artur Manuel Aguiar Teixeira Presidente da Direcção do NAFIT Inacreditável como pode acontecer em pleno Sec XXI NAFLS